domingo, 6 de fevereiro de 2011

Coisas


Há coisas e coisas. E há pessoas e coisas. Há também momentos e, os bons e os maus, assim como as coisas e as pessoas. Há o que fica e o que vai, ou os que ficam e os que vão. Depois há quem viva e quem decida parar, prender-se á memória de alguém ou de alguma coisa, e não seguir. E não viver, neste caso, remete para a ausência de algo, algo que neste caso é alguém. E é aqui, quando alguém causa uma paragem na nossa vida, que nos damos conta do que passou. É aí que temos a real percepção do que aconteceu e do que ainda ficou. E é, por isso, que sentimos a saudade do que fomos junto de alguém. Porque o tempo passa e a lembrança continua, límpida, intacta e composta, como se o tempo nunca por ela tivesse passado. É nesse momento que o coração aperta, a mente se invade em raiva e os punhos se fecham. Porque é aí que percebemos que o mundo nos caiu aos pés, que a nossa vida mudou. Vimos que temos que seguir e sentimos que não conseguimos. Depois, resta-nos agarrar a vida com o dobro da força, ter vontade de se libertar e querer ser-se feliz. Resta guardar o bom e deixar o passado aí mesmo, no passado. Falta agradecer, dizer adeus, sorrir e voltar as costas. Porque nada dura para sempre. E nós crescemos, aprendemos, aceitamos e continuamos. E, é quando já não esperamos nada das pessoas que elas morrem no nosso coração

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