quarta-feira, 2 de março de 2011

O tempo

“O tempo passa, o tempo muda mas o tempo nunca pára. O tempo passa e nós crescemos, mudamos, envelhecemos e aprendemos. Nós vemos, dizemos e fazemos coisas. E entramos e saímos da vida de tantas pessoas com a mesma facilidade com que essas pessoas entram e saem da nossa vida. E mesmo nessa altura, nesse corrupio de entra e sai, o tempo continua a correr. E há vezes em que o tempo corre feliz. Porque ainda existem pessoas que ficam, por mais ou menos tempo do que aquele que queríamos, mas ficam. E enquanto o tempo corre, as pessoas saem e mudam, nós guardamo-las. E é aí que, mesmo correndo, o tempo pára na nossa memória. As coisas não desaparecem, não se apagam e muito menos se esquecem. As coisas ficam sempre na memória de quem as quiser guardar. Nessa altura, funcionamos como um semáforo intermitente, os carros passam mas ele não dá qualquer sinal. Não pára nem avança. Isto tudo enquanto o sol se põe todos os dias, enquanto os ponteiros dos relógios registam cada segundo do nosso dia. O tempo não pára, só a recordação permanece tempo demais do que o tempo que deveria. O tempo nunca pára, só nós nos perdemos nele. O tempo cura, mas não esquece.”

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